Os vândalos pareciam ter dado uma trégua e cerca de cinco mil
manifestantes foram às ruas protestar de forma pacífica na noite desta
sexta-feira (28), em Vitória e Vila Velha. Durante a caminhada que saiu
da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e terminou em frente à
uma empresa de comunicação não houve registros de tumulto e confronto
entre polícia e manifestantes.
No entanto, no final da passeata, alguns rojões foram disparados contra
o prédio da empresa, mas não houve confrontos. Quando os manifestantes
já tinham dispersado, um pequeno grupo atirou pedras contra as janelas
do SENAI, na avenida Beira-Mar. Algumas vidraças foram destruídas.
Na Praça do Pedágio também houve princípio de tumulto quando
manifestantes tentaram voltar para Vila Velha pela Terceira Ponte. Eles
tentaram depredar novamente as cabines do pedágio. O tapume de uma delas
foi retirado pelos vândalos.
Policiais chegaram a disparar balas de borrachas, gás de pimenta e a
confusão dispersou. O grupo retornou para a Reta da Penha onde houve
novos conflitos.
O protesto
Durante a passeata, os manifestantes fecharam por um período as avenidas Fernando Ferrari e Reta da Penha. No trajeto, moradores piscavam as luzes dos apartamentos e soltaram balões brancos em solidariedade ao movimento.
Todo o percurso foi acompanhando por homens da Polícia Militar
espalhados ao longo das ruas e avenidas por onde passou o protesto.
Moradores de casas e apartamentos também se juntaram aos manifestantes
em uma caminhada pacífica e ordenada.
Jovens, adultos, crianças e idosos caminharam por quase cinco horas. Na
passeata, cartazes e bandeiras do Brasil e do Espírito Santo.Um grupo
de capixabas saiu de Vila Velha em direção a Vitória pela Terceira
Ponte. Eles ocuparam uma das pistas, mas o trânsito ficou interditado
nos dois sentidos.
Antes de seguir para a rede de comunicação, a multidão se concentrou em
frente ao prédio da prefeitura de Vitória. A Guarda Municipal ficou de
prontidão para evitar atos de vandalismo.
Este foi o terceiro protesto da semana e, talvez pela grande quantidade
de manifestações dos últimos dias, o número de participantes que aderiu
ao movimento caiu em relação aos anteriores.