sábado, 29 de junho de 2013

Chuva provoca cheia de rio e dois mil animais morrem afogados no Paraná



Dos 2.500 animais que eram criados nas propriedades rurais de Douradina, no noroeste do Paraná, 2.000 morreram afogados pela cheia do Rio Ivaí, que alagou a cidade. Os donos das fazendas não conseguiram transferir a tempo as cabeças de gado e os cavalos para locais mais distantes. O número foi confirmado pelo prefeito Francisco Aparecido de Almeida, nesta sexta-feira (28).
Desde quarta-feira (19) a chuva castiga o Paraná e 59 municípios decretaram estado de emergência. Segundo a Defesa Civil mais de 78 mil pessoas foram afetadas, mais de 12 mil estão desalojadas até o momento. Conforme oo Instituto Tecnológico Simepar já choveu mais de 3.900 milímetros-220,7mm a mais do que o esperado para o todo o mês. Nesta sexta-feira, a chuva deu uma trégua para os moradores.
A área agrícola registrou ainda mais prejuízos. Plantações de arroz, depósitos, equipamentos agrícolas e móveis também foram perdidos. Pecuaristas e equipes da prefeitura trabalham para resgatar os outros 500 animais que sobreviveram. O objetivo é transferi-los para locais seguros, distantes da margem do rio.

A prefeitura de Douradina estima que os prejuízos com a morte dos animais, com a perda de plantações de arroz e equipamentos podem ultrapassar os  R$ 10 milhões. “O nível do rio nunca tinha chegado a esse ponto. Tem trator, móveis, animais, tudo debaixo da água”, descreve o prefeito Francisco Aparecido de Almeida.

As famílias que cuidavam das propriedades foram retiradas na quinta-feira (27) com a ajuda de um barco da prefeitura e abrigadas em casas de parentes.
Em Querência do Norte , os prejuízos também são grandes. Como o município é cercado pelos rios Ivaí e Paraná, 120 famílias estão desabrigadas. Da madrugada de quinta para sexta-feira a água avançou mais 30 metros da margem.
As propriedades rurais que ficam à margem dos dois rios foram encobertas e a água já atinge o local onde os agricultores transferiram as cabeças de gado que sobreviveram, cerca de 35 metros acima.
Segundo a Prefeitura de Querência do Norte, a Defesa Civil do município está acompanhando as famílias e deve emitir um balanço dos estragos e a quantidade exata de pessoas desabrigadas.