quinta-feira, 6 de junho de 2013

Asfalto cede e abre cratera em frente a obra em bairro nobre de Campinas

Desmoronamento de terra abre cratera em rua de Campinas. (Foto: Luciano Calafiori/ G1 Campinas)

.O trânsito na Rua Gustavo Ambrust, no bairro Cambuí, em Campinas (SP), foi interditado na manhã desta quinta-feira (6) após o asfalto ceder e provocar uma cratera que comprometeu uma praça, uma obra em construção, a parede de uma farmácia e também o afundamento da calçada.

Uma fissura de pequenas proporções foi verificada por agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) por volta das 8h e a Defesa Civil foi solicitada. Os técnicos isolaram a área, desocuparam a farmácia e retiraram os operários da obra antes da abertura da erosão, que ocorreu após duas horas. Ninguém ficou ferido.Segundo a Defesa Civil a erosão tem 15 metros de profundidade.  No entanto, as primeiras informações da Emdec, era de que o buraco teria 30 metros de profundidade. O volume de terra que desmoronou ocupa uma área de 500 metros quadrados.
A rua está fechada no trecho entre a Rua Padre Almeida e a Rua Dr. Emílio Ribas. A orientação para desvio é pela Avenida José de Souza Campos, conhecida como Norte-Sul. No local estão 30 agentes para orientar os motoristas, bombeiros e policiais.
As estruturas das casas e dos prédios vizinhos também estão sendo avaliadas pela equipe da Defesa Civil. Até a publicação desta reportagem, os técnicos não informaram se há risco de outros desmoronamentos.
Desmoronamento de terra abre cratera em rua de Campinas. (Foto: Eduardo Sozo/G1 Campinas)
Um dos funcionários da obra, que preferiu não se identificar por receio de represálias, disse que foi feito um reparo emergencial no início da semana após os funcionários constatarem a abertura de um buraco no asfalto. "Colocamos cimento para ver se iria continuar afundando e a fenda não parou de ceder. Hoje um caminhão carregado com ferro estacionou e acredito que o asfalto não aguentou", conta. Uma das funcionárias da Dermage Farmácia Manipulação também confirmou que em um mês uma rachadura apareceu na fachada do estabelecimento.
Causas
Segundo a secretária de Urbanismo, Silvia Faria, o muro de arrimo da obra cedeu e isso contribuiu para o afundamento do solo. “Apenas um laudo que está sendo feito pela Defesa Civil e o Instituto de Criminalista vai determinar o que causou a queda do muro de arrimo”, afirma. Além disso, a secretária disse que a empreiteira poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados como a reforma da praça e também os reparos na via.

O delegado José Roberto Rocha Soares disse que irá abrir um inquérito para analisar as causas do incidente com a ajuda do IC. “Vamos ouvir a empresa, os funcionários, pois alguém tinha que prever isso”, explica.

A responsável pela obra, a empresa GNO Empreendimentos e Construções, informou por meio de nota que engenheiros analisam a situação na área. “Uma das suspeita é de que a adutora localizada fora do terreno da empresa tenha se rompido. A empresa sente o transtorno ocasionado no trânsito e pede desculpas aos moradores”, informa. No entanto, a secretaria de Urbanismo afirma que não constam informações sobre rompimento de adutora na região e as causas estão ligadas ao muro de contenção de terra. A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), empresa responsável pelos serviços de água e esgoto, informou que não tem nenhuma adutora próxima das obras e caso, o incidente envolvesse a estrutura, seria provocado um jato de água de até 15 metros.