O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin,
afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo do país está preparado para uma
ação militar contra o Norte caso entenda que a segurança dos sul-coreanos que
trabalham no complexo industrial de Kaesong está em risco. Mais cedo, Pyongyang
barrou a entrada de 484 operários do país vizinho no complexo, localizado no
território norte-coreano e que simbolizava a única iniciativa de cooperação
entre os dois países. A preocupação da Coreia do Sul agora é com a segurança dos
outros 861 cidadãos do país que estão em Kaesong. "Esperamos que nossa gente que
está no Norte volte sã e salva”, destacou o porta-voz do Ministério sul-coreano
da Unificação, Kim Hyung-suk, que qualificou a decisão de Pyongyang como “muito
lamentável”. Os sul-coreanos foram impedidos de cruzar a fronteira para chegar
ao complexo nesta manhã – o acesso se dá por meio da zona desmilitarizada entre
os países. A Coreia do Norte não proibiu as viagens de regresso dos sul-coreanos
de volta ao país de origem e, segundo Seul, 446 trabalhadores já receberam o
sinal verde de Pyongyang para retornarem ainda hoje. Apesar disso, o ministério
da Defesa da Coreia do Sul prometeu que responderá com força se a integridade
dos sul-coreanos no território vizinho for ameaçada. O ministro da frisou que o
exército sul-coreano tem capacidade para destruir 70% das forças norte-coreanas
na fronteira em cinco dias. "Temos preparado um plano de emergência, incluindo
uma possível ação militar, caso a situação torne-se mais séria.", disse Kim a
parlamentares. "Devemos, porém, tentar prevenir que esta situação piore",
completou. (EFE e France Press)