quinta-feira, 18 de abril de 2013

Na Suíça, baiana tetraplégica sofre para voltar ao Brasil




Como muitos brasileiros, a técnica em enfermagem Cláudia Marinho Santana, 41 anos, sonhava com um futuro melhor fora do Brasil. Na Suíça, Cláudia começou trabalhando como baby-sitter, depois na área de limpeza e alguns anos depois, conseguiu um emprego em uma clínica de repouso na cidade de Genebra. O sonho de Cláudia se transformou em pesadelo após um incidente ainda desconhecido pela família.
Em meados de 2011, Cláudia chegava de uma festa na casa do namorado Blaise Brom, que já faleceu, vítima de câncer.“A gente não sabe o que realmente aconteceu.
Blaise contou para gente algo que não dá para acreditar. Ele falou que chamou ela para dormir, mas ela preferiu ficar no computador. Blaise foi deitar e quando despertou sentiu a falta dela e quando desceu encontrou minha irmã deitada no chão e cobriu com um cobertor e foi se deitar”, conta a irmã de Cláudia, Vânia Marinho.

Ao Bocão News, Vânia disse que a família suspeita da versão de Blaise, que teria perguntado a companheira se ela queria ir ao médico, mas Cláudia rejeitou.“Não sabemos se eles brigaram. O fato é que minha irmã foi parar no hospital. E lá, os médicos constataram que ela sofreu traumatismo craniano. Ela já chegou em coma no hospital. Passou por duas cirurgias, na segunda, sofreu hemorragia e teve parada cardíaca por 45 minutos.

Os médicos achavam que não tinha o que fazer, mas depois inesperadamente o coração dela voltou a bater”, relata. Vânia revelou em conversa com o Bocão News que a irmã dela está tetraplégica, perdeu a fala e só possui movimento da mão esquerda . A família quer trazer Cláudia para o Brasil, mas por conta de burocracias na Suíça, ela continua no país europeu.

“A gente não sabe o que está acontecendo. A família dela está toda aqui e ela lá sozinha. Não podemos ir lá, o custo de vida é muito alto. Ninguém de lá nos fala nada e ficamos aqui numa aflição. Antes de perder a fala, ela disse que queria voltar para o Brasil”, disse. Apesar da família não ter elevada condições financeiras, os parentes preferem cuidar de Cláudia na capital baiana. “A gente não tem estrutura boa, mas dá para conciliar isso. Eu já a inscrevi no Hospital Sarah. Eu quero minha irmã perto de mim.