sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lucio nega articulação do PMDB mas admite assinaturas de requerimento na base


O vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Lúcio Vieira Lima afirmou há pouco ao Bahia 247 que são inverossímeis as informações de que o partido estaria capitaneando movimento de coleta de assinaturas entre os parlamentares para instalar a CPI da Petrobras.
Nota de Lauro Jardim, da Veja, disse hoje que instalação da comissão parlamentar de inquérito para instalar a estatal é só questão de tempo e que o Planalto tem conhecimento do empenho do partido do vice-presidente Michel Temer. Ao negar o movimento supostamente capitaneado pelo PMDB, Lúcio afirma que deputados de todos os partidos da base de sustentação ao governo da presidente Dilma Rousseff têm assinado o requerimento. “Talvez pelo fato de o partido ser o maior da base, tem deputado dizendo que é o PMDB que está instalando a CPI para conseguir os votos com facilidade”.
“Se é questão de tempo eu não sei, agora eu garanto que não há empenho do PMDB como partido para instalar a CPI. O que existe é que um dos proponentes da CPI é o deputado Leonardo, do PMDB de Minas. Mas isso é normal. Tem deputados de todos os partidos da base que estão assinando o requerimento para instalar a comissão”.
Lúcio afirmou que já foi convidado a assinar o requerimento no plenário da Casa, mas garante que só o fará se for convencido da necessidade de investigar a Petrobras. “Eu disse ao assessor que me pediu assinatura que só assino quando me apresentarem a exposição de motivos. Se me apresentarem e me convencerem, eu assino”.
Apesar de não demonstrar ânsia pela investigação parlamentar da Petrobras, Lúcio Vieira Lima menciona que uma das principais razões do pedido da CPI é o prejuízo bilionário causado pela compra de uma refinaria em Pasadena, nos EUA, na gestão do conterrâneo ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Atual secretário de Planejamento do Estado, Gabrielli, apesar de já ser considerado carta fora do baralho pelos próprios petistas, ainda é cogitado para disputar a sucessão de Jaques Wagner pelo PT em 2014, muito provavelmente contra chapa de oposição encabeçada pelo vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima, do PMDB.