O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na tarde deste sábado (27), durante visita a Barretos, que lamenta o envolvimento de um adolescente no assassinato da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, queimada durante um assalto em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. "Lamentavelmente mais um menor [está envolvido], a gente tem visto menores em crimes extremamente hediondos. Mais um menor, mas a polícia agiu rápido", disse ao se referir ao crime que, segundo ele, é "gravíssimo, que chocou a todos nós". Alckmin disse que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) não dá resposta a crimes mais graves cometidos por adolescentes. Segundo o líder paulista, "a impunidade estimula o delito". "É inconcebível que quem tem 17 anos e 11 meses cometa crimes hediondos e não passa de três anos na Fundação Casa", criticou. O tucano enviou à Câmara dos Deputados uma proposta para ampliar de três para até oito anos o prazo para internação de menores infratores. "O ECA é uma boa lei para proteger o direito da criança e do adolescente, mas não dá respostas a crimes muitos reincidentes e crimes hediondo, homicídio qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro, estupro, estupro de vulnerável", disse.
