quarta-feira, 24 de abril de 2013

Juíza titular de Medeiros Neto manda prender acusado de homicídio que foi colocado em liberdade por juiz substituto


Policiais do Pelotão Especial Operacional Tático, com apoio da Companhia Independente de Policiamento Especializado da Mata Atlântica prenderam na noite desta terça-feira (23/04), Joel Mota Júnior, 32 anos, o Junão. Ele é acusado de ter matado na cidade de Medeiros Neto duas pessoas, com golpes de facoa, instrumento utilizado no corte de cana. Os crimes aconteceram no ano passado e causou comoção na sociedade pela crueldade imprimida na ação.


A juíza titular da comarca de Medeiros Neto, Andrea Gomes Fernandes Beraldi, expediu no dia 19 de abril mandado de prisão preventiva em desfavor de Junão. Ele estava em liberdade em razão de alvará de soltura expedido, nos dias 2 e 3 de abril, pelo juiz substituto de Medeiros Neto e titular na comarca de Itanhém, Ricardo Costa e Silva. Além dele, outros 14 acusados de homicídio, tráfico, roubo, estupro e porte e posse ilegal de armas ganharam a liberdade, dois dos quais foram mortos a tiro por pessoas ainda não identificadas pela polícia. O magistrado que expediu os alvarás, alegou falta de alimentação, por pelo menos 48 horas, e as condições subumanas da carceragem da delegacia da cidade, que funciona há anos improvisada em uma casa residencial.

Junão, desde que foi solto, estava morando em uma casa na avenida Aracy Pinto, no bairro Uldurico Pinto, na região conhecida como baixada das casas populares. No momento da prisão ele tinha acabado de sair de uma lanchonete que funciona em frente à casa onde ele está morando. Os policiais o interceptaram e lhe deram voz de prisão antes que ele adentrasse à sua residência.
Facoa

Os dois homicídios praticados por Junão causou revolta na sociedade medeirosnetense. No dia 21 de novembro de 2012, matou sua companheira Marinei Cruz Silva, 46. A violência do golpe arrancou dentes, mandíbula e língua da vítima. Usuário de drogas, estava em liberdade condicional por homicídio, havia dois meses, pelo assassinato do pedreiro Manoel da Silva Pereira, o Galego, 31, que ele havia matado, também com golpes de facoa, no dia 12 de maio de 2013. Em ambos os crimes os motivos foram fúteis. Marinei não queria que Junão fosse pra roça e Galego devia a ele R$ 20.
Quando foi solto pelo juiz substituto Junão visitou pelo menos três comércios do ramo de ferramentas na cidade de Medeiros Neto para comprar uma facoa, nos quais foi reconhecido e não conseguiu fazer a aquisição do instrumento que ele é habituado a utilizar como arma. No momento da prisão, nesta terça-feira, ele disse aos policiais que tinha uma facoa em casa, a qual foi recolhida e apresentada na Delegacia da Polícia Civil.