sábado, 20 de abril de 2013

Criança não quer ver uniforme após suspeita de estupro em escola



A mãe do garoto de sete anos teria sido estuprada  por um funcionário dentro de uma escola particular no litoral norte de Maceió, em Alagoas, diz que o filho está em pânico e não pode nem chegar perto do uniforme escolar depois do suposto abuso, que teria ocorrido na última segunda-feira (15).
— Não podemos relar na roupa que ele vai para a escola que começa a gritar. Estão duvidando que o estupro aconteceu, mas ele está machucado e descreveu tudo com tantos detalhes que seria impossível inventar. Eu quero justiça. Não quero que isso fique impune.
O garoto deixou de frequentar a escola que ia há cerca de um ano. A mãe notou ferimentos no braço da criança e nas partes íntimas durante o banho, na última segunda-feira (15). Pressionado, o garoto acabou contando que o abuso teria ocorrido dentro do banheiro. O menino se referiu ao suspeito do crime como sendo um ‘tio’ que trabalha no local. O garoto relatou ainda que o homem o amarrou para cometer o abuso, por isso as marcas nos braços.
A mãe da criança tentou realizar exame no IML (Instituto Médico Legal) na unidade que funciona no Hospital Sanatório, na terça-feira (16), mas foi informada que por conta da demanda não teria vaga disponível. Ela tentou também em outro IML, mas foi comunicada que não havia médico. A assessoria de imprensa da Perícia Oficial informou que o exame foi realizado na tarde desta quarta-feira (17) e o resultado será encaminhado à polícia.
Ela diz que sente vítima do estupro em si e do descaso após o fato.
—É uma impunidade termos que passar por isso e não ter sequer um médico legista para fazer o exame e comprovar o que estamos falando. Tive que ir atrás do Ministério Público e do Conselho Tutelar para conseguir o exame só na quarta-feira. Maceió está entregue às baratas.
Nesta quarta-feira, a dona da escola foi até a delegacia prestar depoimento e disse que o funcionário foi afastado para preservá-lo. A identidade dele foi preservada. Ela afirmou que ele trabalha no colégio há dez anos e nunca apresentou nenhum comportamento suspeito. A diretora disse em depoimento que a criança estava normal na escola na segunda-feira e nem mesmo o motorista do transporte escolar notou algum tipo de ferimento. O suspeito deve ser ouvido durante a tarde.
O caso está sendo investigado pelo delegado Nivaldo Aleixo, substituto da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente. Ele informou que ainda não foi possível pedir a prisão do homem porque não foi colhida nenhuma prova do crime. O laudo do IML deve sair em até 30 dias. Somente após o resultado será possível dizer se realmente ocorreu o abuso, segundo o delegado.