A atitude do juiz
substituto da comarca de Medeiros Neto, Ricardo de Costa e Silva, tem suscitado
revolta na população medeirosnetense. Ele mandou soltar 15 criminosos que
estavam na carceragem da Polícia Civil na cidade esta semana, com a desculpa de
que falta alimentação e local adequado para manter os presos, que, salienta-se,
são assassinos, estupradores, traficantes, ladrões e estelionatários; o que
preocupa todo o Extremo Sul.
Entre os criminosos
liberados pelo juiz Ricardo de Costa e Silva estão Joel Mota Júnior, o “Junão”,
30 anos, e José Alberto Araújo Carvalho, o “Betinho”, 19 anos, considerados pela
Justiça como de alta periculosidade. Os dois são acusados de homicídios,
motivados por razões banais, utilizando meio cruel para matar. E isto tem
deixado os parentes das vítimas aflitos.
Outro beneficiado foi o
assassino Bekiane da Silva Santos, que, covardemente, matou Ivanildo José dos
Santos, o “Liu Cowboy”, de 40 anos, em 30 de outubro de 2012, com sete golpes de
faca, sendo quatro nas costas e outros três no abdômen. O fato
teria ocorrido após disputa de partida de sinuca valendo o preço da ficha, na
época, R$ 0,50. Ao perder e ter que pagar o R$ 0,50, Bekiane teria se recusado,
causando um verdadeiro tumulto no bar, fato que levou os presentes a chamar a
polícia para contê-lo. Mas, em determinado momento da confusão, sua mãe, que
morava próximo ao local, teria ido ao bar e pedido para soltar o filho,
afirmando que o seguraria até a chegada da
polícia.
Bekiane, na casa de sua
mãe, teria se apossado de uma faca e ido atrás de “Liu Cowboy”, mas, com o fim
do tumulto, todos saíram do bar. O assassino, então, foi em direção à casa de
“Liu Cowboy”, o encontrando no caminho e o atingindo pelas costas de forma
traiçoeira. Ao tentar se defender, virando de frente para seu
inimigo, “Liu” acabou sendo atingido por mais três golpes de faca, morrendo no
local. A Polícia Militar estava chegando quando Bekiane teria
terminado de aplicar o último golpe em “Liu”. Ao perceber a presença da polícia,
ele teria jogado a faca no chão, deitado e anunciado sua rendição, sendo preso
em flagrante. Os policiais que participaram da prisão de Bekiane
foram incluídos como testemunhas do crime, sendo interrogados na audiência do
caso ocorrida no Fórum de Medeiros Neto.